O espiritismo e a Sexualidade
- Sociedade Espírita Allan Kardec
- 10 de jun. de 2018
- 2 min de leitura

No meio da semana passada, a SEAK publicou uma enquente à respeito da sexualidade dos Espíritos. A ideia é provocar a reflexão sobre as questões de gêneros que convivemos diáriamente, tanto nos noticiarios, nos estudos acadêmicos e nas redes sociais.
Uma das propostas de discussões, é o amor homoafetivo, ou seja o amor entre duas pessoas do sexo masculino ou duas pessoas do sexo feminino. Com tantos casos de intolerância e homofia que vemos, trazer à luz do espiritismo é mais que uma simples informação, é acima de tudo um meio de evolução. Mas antes de colocar o que o espiritismo diz sobre o tema, vamos exclarecer alguns pontos cientifícos.
Quando tratamos de gêneros, temos que ter em mente que isso é uma criação da psicologia nos anos de 1955 para diferenciar homens e mulheres psicologicamente e socialmente. Já o termo sexo é biológico e é determinado pelas caracteristicas físicas de um ser. Ou seja, todos os que possuem um pênis são do sexo masculino (ou macho) e quem tem vagina é do sexo feminino (fêmea), tanto na referência humana quanto nas demais espécies vegetais e animais. Quando tratamos de gênero, estamos nos referindo a comportamentos sociais e parte de uma construção cultural. Como exemplo, trazemos o ato de rebolar. No Brasil, isso é atribuído popularmente ao gênero feminino e os "homens" que rebolam são visto como desviante de um padrão masculino construído ao longo da história. Entretanto, na ilha de Páscoa rebolar é uma característica do gênero masculino, utilizado para conquistar a companheira desejada.
Atualmente, com a evolução moral do Homem (alguns, vale ressaltar), começou-se a ouvir mais sobre a homoafetividade e bissexualidade. Mas o que seria isso? Homoafetivo é toda a pessoas que sente atração por uma pessoa do mesmo sexo. Bissexual é a pessoa que sente atração por ambos os sexos. Além disso há outras formas de amor, que não alongaremos aqui.
Bissexualidade, segundo O Livro dos Espíritos, é o nosso estado natural quando não encarnados. Allan Kardec deixa claro na questão 200 que "os sexos dependem a constituição orgânica", e destaca "Há entre eles [espíritos] amor e simpatia, apenas baseados na afinidade de sentimentos". Assim, não é porque dois espíritos tem afinidade de sentimentos mas ambos são mulheres que não há uma aproximação entre eles.
Quando somos Espíritos, preferimos encarnar num copor de homem ou de mulher? "Isso pouco importa ao Espírito! Depende das provas que ele tiver de sofer." (O Livro dos Espíritos, questão 202)
O que queremos colocar aqui, segundo a Doutrina, é que assim como o amor heteroafetivo, o amor homoafetivo é apenas a ligação de sentimento e nada há de estranho nisso. Assim como está na questão 202, os espíritos encarnam ora como homens, ora como mulheres para sua evolução e isso não importa ao espírito, com quanto ele evolua estando encarnado. Quando falamos que todos nós somos bissexuais estamos indo ao encontro com o que os espíritos nos falam através de Kardec, que um mesmo espírito anima o corpo de um homem e de uma mulher. Sendo assim, ao ser sexista ou homofóbico apenas é um desconhecimento das leis naturais dos espíritos, já que o sexo que você assumiu nessa encarnação é apenas enquanto está na Terra.
Por esses motivos, a Doutrina afirma: "os espíritos se reconhecem pela energia e não pela aparência."
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